O mundo maravilhoso dos objetos flutuantes pertence ao gênero contemporâneo, pós-minimalista, da instalação. As suas múltiplas versões têm em comum a obsessão pela leveza e pela disponibilidade, oportunos corretivos estéticos a um mundo cada vez mais pesado e opaco, cada vez mais fechado a processos espontâneos de subjetivação.
Com seu título enganoso, seus subtons do universo imaginário da infância, a série é perfeitamente sincera — ela promete relativizar a gravidade, em todas as acepções do termo. Nesse espírito lúdico, a instalação eventualmente evoca um Morandi gigante e anti-gravitacional…..Cinestésico, O mundo maravilhoso dos objetos flutuantes altera a postura física da contemplação ao misturar horizontal e vertical, cheio e vazio, real e virtual.
Ronaldo Brito