Porque o alabastro se apresenta sempre, e quase fatalmente, sob o signo da ambiguidade. Ele exibe não apenas uma beleza dúbia, no limite do kitsch, entre a nobreza histórica da estatuária e o decorativismo ostensivo, como uma consistência física incerta : pedra frágil e dúctil, a caminho de se dissolver em luz. Eis aí uma geologia de superfície, sugestiva por vocação, incapaz de guardar segredos.
Ronaldo Brito